Em 10/08/2005
Da redação de O Bê-a-bá do Sertão
Fundada em agosto de 1955, a instituição é hoje uma referência regional em ensino, pesquisa e extensão.
Sousa(PB) – A Escola Agrotécnica Federal de Sousa comemorou na noite do último dia 09 de agosto do corrente ano, 50 anos de serviços prestados no setor de educação. Na data uma vasta programação foi cumprida por toda a comunidade daquela importante instituição federal de educação, envolvendo professores, alunos, funcionários, autoridades de diversas instituições e da sociedade civil organizada.
Na noite da terça-feira(09agosto2005), o Professor Francisco Tomaz de Oliveira, Diretor Geral da Escola Agrotécnica Federal de Sousa, presidiu a programação noturna realizada na sede administrativa da Escola, localizada as margens da BR-230 em Sousa (PB), quando foram prestadas várias homenagens a entidades e pessoas que de alguma forma contribuiram e contribuem para o sucesso da Escola, considerada como um verdadeiro celeiro educacional formador de profissionais, muitos oriundos de diversas regiões do Brasil.
Uma trajetória de sucesso
Em 04 de julho do ano de 1955, através da portaria nº 552 publicada no D.O.U de 12 de julho, era criado o Colégio de Economia Doméstica Rural de Sousa. Esta conquista, a cidade de Sousa deve ao seu ilustre filho, Dr. Carlos Pires de Sá.
Instalado, inicialmente, no Centro de Formação e Treinamento de Professores ofertava os cursos de “Magistério e Extensão em Economia Rural Doméstica” cujo objetivo era preparar professores rurais.
A inauguração destes cursos aconteceu em 09 de Agosto de 1955, em solenidade que contou com a presença das autoridades locais, da Dona Aracy Bezerra Duarte, representando a superintendência do ensino agrícola e veterinário, órgão do Ministério da Agricultura, e Albani Barros de Aguiar, primeira diretora, que ficou no cargo até 1957.
De 1958 a 1963, a Escola Doméstica foi administrada pela sousense, professora Benigna de Araújo Pires.
O Dr. Tomaz Pires dos Santos, terceiro diretor, ocupou o cargo de 1963 a 1966.
De 09 de Agosto de 1955 a 01 de Novembro de 1964, os cursos de Magistério e Extensão em Economia Rural Doméstica funcionaram no Centro de Formação e Treinamento de Professores, através de convênio celebrado entre a Prefeitura de Sousa e o Governo do Estado.
A não renovação do convênio entre a prefeitura e o governo do estado levou a Escola a enfrentar grandes dificuldades. Sem uma sede, passou a funcionar em salas cedidas pelo colégio Comercial, esteve na rua Cônego José Viana, prédio onde funciona a delegacia de polícia, sendo depois transferida para casas residenciais do Dr. João Romão Dantas, na rua Basílio silva, local onde se instalou até conseguir a sede própria.
O Dr. João Romão Dantas foi o seu quarto diretor e exerceu a função de 1966 a 1980. Escolheu como meta principal conseguir um terreno para instalar definitivamente a escola Doméstica de Sousa.
Esse intento foi possível em 1969, quando o ilustre sousense, Dr. José Antonio Sarmento Júnior, conhecido por Dr. Zezé, fez a cessão de uma área de 16.740 m2 no bairro Jardim Sorrilândia. Esta ação do Dr. Zezé encerrou as ameaças de fechamento deste patrimônio cultural de nossa cidade.
Em 1970, o Colégio mudou-se definitivamente para sua sede própria.
Em 1971, com a aprovação da nova LDB, Lei 5692/71, que deu grande ênfase à profissionalização dentro do 2º grau, uma nova habilitação é implantada a de “ Técnico em Economia Doméstica”.
Em 1975, o governo federal cria a Coordenação Nacional do Ensino Agropecuário – COAGRI, com o objetivo de prestar assistência técnica e financeira aos estabelecimentos especializados no ensino agrícola.
Particularmente, o Colégio de Economia Doméstica Rural de Sousa sofre grandes transformações.
No dia 04/09/1979, através do Dec. 83.935, era criada a Escola Agrotécnica Federal de Sousa.
Em 1980, assume a Direção da Agrotécnica a professora Rosena Alves Pires. A sua administração vai até o ano de 1984. Neste período, em 1984, a Escola implanta a habilitação e Técnico em Agricultura, conforme portaria nº 46 de 24/11/1981, sendo substituído por Técnico em Agropecuária, no ano de 1985, no período administrativo do professor Eliel Nunes Rodrigues que vai até 1990.
A implantação dessas novas habilitações exigiu da Escola um novo terreno, e este foi conseguido junto ao DNOCS, através de comodato. De início, uma pequena área localizada próximo ao conjunto mutirão, e posteriormente, em 1986, uma outra de 128 ha, vizinho ao acampamento federal de São Gonçalo, onde estamos atualmente.
De 1990 a 1994, dirigiu a instituição o professor Paulo César Dantas de Abrantes. Nesta época, a escola implanta o sistema de internato, o que facilitou a vida dos estudantes oriundos de cidades distantes de Sousa.
Em 1997, na administração do professor Francisco Cicupira de Andrade Filho(1994 a 2002), o MEC amparado pela lei 9394/96 promove uma ampla reforma na educação profissional brasileira. A EAFS, antenada às mudanças que ocorriam, extingue os Cursos Técnicos em Economia Doméstica e Técnico em Agropecuária e cria as habilitações de Técnico em Agricultura, Técnico em Zootecnia, Técnico em Agroindústria, além do ensino médio concomitante.
Portanto, há cinqüenta anos, a EAFS contribui ativamente com o crescimento de Sousa e da região, qualificando e habilitando centenas de pessoas para o mundo do trabalho, prestando serviços indispensáveis ao fortalecimento da agropecuária regional.
A Agrotécnica de hoje funciona em dois locais. O Campus I, localizado no bairro Jardim Sorrilândia, ocupa uma área de 16.740 m2 e abriga, atualmente, o internato feminino e o setor administrativo.
O campus II, localizado no perímetro irrigado de São Gonçalo, possui uma área de 128 ha e, nele, são desenvolvidas as atividades de ensino e produção da instituição.
Com um quadro de 110 servidores, divididos em 33 professores e 77 técnicos administrativos, a EAFS oferece três cursos profissionalizantes: Técnico em Agricultura, Técnico em Agroindústria, Técnico em Zootecnia e Ensino Médio concomitante.
Dotada de uma notável infra-estrutura, a EAFS dispõe de 14 salas de aula, laboratório de análise de solo e água, laboratório de piscicultura, 11 unidades educativas de produção, laboratório de informática, centro artístico e cultural, agência articuladora, biblioteca, setor pedagógico, setor de mecanografia, cooperativa escola, consultório médico e odontológico, lavanderia, panificadora, setor de psicologia e de orientação educacional, alojamento com capacidade para 150 alunos, uma mandala, fábrica de ração, restaurante, oficina mecânica e semi-internato feminino.
Contando com um quadro de servidores capacitados e integrada com a comunidade através de uma rede de parceiros, a EAFS busca promover o ensino profissionalizante de qualidade, com o objetivo de preparar o homem para o pleno exercício da cidadania, além de um profissional competente e capacitado para atuar no mercado de trabalho.
Além das suas atividades de ensino, a Escola desenvolve ações no campo esportivo, artístico e cultural com destaque para a Banda Marcial “Eliel Nunes Rodrigues“, que, agora em 2005, completa vinte anos de atuação ininterrupta na região.
Numa conjugação de esforços de todos os segmentos que a compõem, em sintonia com a comunidade, a Agrotécnica ensaia vôo mais alto, preparando-se para o ingresso no rol das instituições ofertantes de cursos tecnológicos de graduação.
Desde 2002, a EAFS é administrada pelo Prof. Francisco Tomaz de Oliveira que tem prestado relevantes serviços à instituição. Dentre suas ações, podemos ressaltar a consecução do Programa de Expansão do Ensino Profissional(PROEP), Protocolo de intenções com prefeituras adjacentes, ampliação da rede de parcerias, continuidade do Programa de Capacitação de Técnicos e Docentes, aprovação de projetos junto à SETEC, otimizando as instalações dos laboratórios, melhoria da infra-estrutura, aquisição de transportes, convênios com órgãos do Governo Federal como o INCRA/PRONERA.
Naquele distante ano de 1955, a cidade de Sousa não ganhava apenas mais uma Escola, tinha início ali a caminhada de uma instituição que só traria para Sousa e região vantagens educacionais, culturais, sociais, desportivas e científicas.
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