Em 24/04/2024
Justiça seja feita: a direita, a esquerda e o centro-esquerda carimbaram durante a eleição para reitoria da UFPB seus vários candidatos diante de um processo com curta duração de debates e regras a pontuar como consequência a projeção de favorecimento e vitória da candidata da Chapa 1, Terezinha Domiciano.
Aliás, não precisa ser cientista político para atestar que a eleição da UFPB em apenas um turno, com três semanas apenas de campanha e condição paritária (voto igual para professores, técnico-administrativos e estudantes ) traduz na prática que o Consuni construiu meios de corroborar com a candidata da chapa 1.
A maioria majoritária à esquerda do conselho pressupunha e impôs isso.
O perfil exposto
Pela ordem da condição de quem é o atual reitor e se apresenta candidato à reeleição na Universidade, o processo expõe o professor doutor Valdiney Gouveia, da chapa 3, como um destemido competidor eleitoral visivelmente defensor da busca da indicação fora da lista a ser elaborada 5a feira, convencido de ser gestor de resultados.
Por mais que não mencione nem assuma, ele é representante do bolsonarismo, logo da vertente de Direita na UFPB. Ele insiste em defender seu projeto de gestão, dai a ampliação de propostas, se for eleito.
O reitor deve atrair votos mais à Direita e dificilmente se manterá no comando da reitoria.
Terezinha, a favorita
No contraponto ao significado do reitor se apresenta a professora doutora Terezinha Domiciano, da chapa 1, atraindo o apoio aberto de personagens e entidades à Esquerda.
Sua campanha moveu-se com a reprodução do discurso de reparação por ter sido a mais votada na eleição passada sem sua ascensão. Na essência essa tese perdeu força no decorrer da campanha.
Todo contexto do processo eleitoral, contudo, intui projeção de sua vitória pelas regras construídas com esse fim.
Na prática, ela e a professora doutora Mônica Nóbrega representam efetivamente a proposta esquerdista fechada. Sua vitória é condição provável.
Candidato Surpresa
Já o professor doutor Lucidio Cabral, da chapa 2, acabou criando na disputa para reitoria um perfil diferenciado com performance nos debates e na apresentação de propostas com valores renovados.
Eleitor de Lula, como se definiu, ele emergiu impondo a condição de centro – esquerda sem sectarismo e, ao contrário, propondo novos ares e inovações em diversos níveis, inclusive de reparar as dificuldades da UFPB atraindo recursos parlamentares mais inovação e a captação de grana na iniciativa privada em favor dos diversos segmentos.
Sua votação pode surpreender. Ele sai do processo construindo uma proposta de futuro para a instituição enquanto movimento.
Em tempo: será que ainda há espaço para mudança de rumo? De quinta-feira não passa.
Disputa
A campanha eleitoral da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) teve início na quinta-feira (04Abril2024) e vai até o dia 24 de abril, encerrando-se um dia antes da eleição, em 25 de abril, em um processo que envolve mais de 46.000 pessoas aptas a votar, do universo acadêmico de professores, alunos e de servidores técnicos administrativos.
Três chapas disputam o comando da reitoria da UFPB: A professora Terezinha Domiciano/Mônica (Chapa 1), 0 professor Lucídio Cabral/João Euclides (Chapa 2) e o atual reitor Valdiney Gouveia/Rita de Cássia (Chapa 3).
A Reitoria da UFPB é responsável pela administração dos campus universitários de João Pessoa, Areia, Bananeiras, e do litoral norte, que abrange as cidades de Mamanguape e Rio Tinto.
A apuração e divulgação do resultado acontece no mesmo dia da votação. Em 12 de junho, acontece a reunião do “Conselhão”, formado pelo Consuni, Consepe (Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão) e Conselho Curador, que vai decidir a lista tríplice que será encaminhada ao Ministério da Educação para escolha presidencial.
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Redação com Walter Santos/WSCOM.
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