Em 02/03/2023
As empresas de setor aéreo vivem o pior momento na bolsa. Enquanto a Azul (AZUL4) atingiu a menor cotação desde que realizou seu IPO, em 2017, a Gol (GOLL4) também viu seu valor de mercado alcançar a mínima histórica em 16 anos.
Além do cenário macroeconômico ruim, empresa aéreas costumam ser altamente endividadas.
A soma da disparada da Selic, a Taxa Básica de Juros, com a crise de confiança provocada pela Americanas (AMER3) fez o investidor perde a paciência a vender os papéis a rodo.
A situação das companhias piorou ainda mais depois que agências de classificação de risco cortaram o rating.
A Fitch, por exemplo, levou a classificação da Azul para CCC, um patamar menor que o calote, citando o caso Americanas.
Para a agência, os bancos serão mais exigentes em empréstimos após o rombo da varejista, que fez o lucro de Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) despencarem.
Na avaliação da Genial Investimentos, em relatório assinado por Ygor Araujo e Bernardo Noel, o setor aéreo vive um momento delicado.
“Apesar da recuperação da demanda, dólar e combustível em patamares elevados devem continuar pressionando os resultados das empresas, e, principalmente, dificultar seus pagamentos de leasings”, discorrem.
Eles explicam que os resultados do quarto trimestre podem trazer certo fôlego, dado a sazonalidade, “mas ainda assim longe do necessário para serem consideradas saudáveis”.
Mesmo com a situação difícil, os analistas não veem Azul e Gol seguindo o destino de outras companhias aéreas que faliram, como Varig, Vasp e Avianca Brasil.
Deixe um comentário