Instituto São José pede indenização de R$ 1 milhão contra padre Egídio

Em 23/10/2024

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De acordo com o Instituto, esse valor seria aplicado com um bloqueio nas conta de Egídio e usado para a própria administração do Hospital Padre Zé.

 

O Instituto São José, responsável por administrar o Hospital Padre Zé em João Pessoa, solicitou uma indenização de R$ 1 milhão por danos morais contra o ex-gestor do instituto, o padre Egídio de Carvalho Neto.

O ex-diretor é investigado no caso que resultou num desvio de mais de R$ 140 milhões da instituição.

De acordo com o Instituto, esse valor seria aplicado com um bloqueio nas conta de Egídio e usado para a própria administração do Hospital, que enfrenta dificuldades financeiras.

O Instituto também alega que a indenização se refere ao comprometimento à honra, à imagem e à credibilidade do Hospital, que foram danificados pela gestão anterior. “Ocasionados pelas falhas na gestão e nos desvios de recursos públicos e privados e fraudes na gestão anterior”, afirma em nota.

Relembre o caso

No dia 18 de setembro de 2023, Padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor do Hospital Padre Zé, denunciou o furto de celulares doados pela Receita Federal, apontando Samuel Rodrigues como suspeito. Após a denúncia, Padre Egídio renunciou a direção do hospital.

A Polícia Civil investigou Samuel, operador de tecnologia da informação, por furto qualificado, resultando em sua prisão e posterior libertação em setembro. No dia 29 de setembro, Samuel prestou novos depoimentos.

A operação “Indignus” foi deflagrada após a descoberta de irregularidades, iniciando com o furto de mais de 100 aparelhos celulares da instituição.

Os celulares, doados pela Receita Federal, seriam vendidos em um bazar solidário para aquisição de uma ambulância com UTI e um carro para distribuição de alimentos.

Em 5 de outubro de 2023, o Gaeco apurou desvios de recursos públicos em instituições vinculadas ao padre, cumprindo 11 mandados judiciais. A investigação revelou que Padre Egídio desviou cerca de R$ 13 milhões em empréstimos, impactando a verba do SUS.

Diante das denúncias, a Arquidiocese da Paraíba afastou o padre Egídio de qualquer ofício ou encargo eclesiástico, impedindo-o de ministrar missas ou sacramentos.

Após a denúncia anônima apresentada ao Ministério Público, uma força-tarefa foi criada para investigar as irregularidades no hospital.

A gestão do Hospital Padre Zé solicitou ao Ministério Público uma ampla auditoria em todas as contas, contratos, convênios e projetos da instituição, após constatar inúmeras dívidas comprometendo sua funcionalidade.

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Tags: Arquidiocese da Paraíba, ex-diretor do Hospital Padre Zé, Gaeco, Hospital Padre Zé, Instituto São José, Ministério Público, Operação Indignus, Padre Egídio, padre Egídio de Carvalho, Padre Egídio de Carvalho Neto, Receita Federal, Samuel Rodrigues

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